As atividades do Colóquio Nacional Cultura e Poder foram iniciadas na noite desta terça-feira, 23, com a conferência “Jovens, cultura juvenil e aprendizagem histórica” na Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam). O evento que está na quarta edição conta com a participação de acadêmicos, professores e pesquisadores de diversas áreas e instituições. Até sexta-feira, 26, os participantes discutirão a temática “Juventude e espaços de formação” em minicursos e mesas redondas.

Na conferência de abertura, a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), doutora Maria Auxiliadora Schmidt, enalteceu a importância de discussões que envolvam, sobretudo, questões relacionadas à cultura. “Olhar o mundo mediado pela cultura traz inúmeras contribuições”, afirmou.

Uma problemática no processo de aprendizagem, segundo a Maria Auxiliadora, é que a cultura escolar não considera a cultura juvenil. “Os jovens gostam da escola, mas não gostam de como as aulas acontecem”, citou.

A palestrante apresentou que a cultura pode ser entendida a partir de três modos: cultura escolar, cultura histórica e cultura juvenil. Desta forma, afirmou que há universalidade nas três formas independente do lugar onde são produzidas. No entanto, argumentou a maneira como se relacionam e as variantes que existem entre os modos.

Abertura – Autoridades que representam a Unespar, o câmpus de Campo Mourão e o Núcleo Regional de Educação participaram da abertura. O coordenador do colóquio, professor Fábio André Hahn, destacou que o evento foi idealizado pelo Grupo de Pesquisa Cultura e Poder de modo a congregar uma discussão mais ampla e qualificada, com diferentes formações e experiências de pesquisa. “Especificamente nesta edição, o colóquio possibilita aos participantes uma discussão sobre os diferentes espaços de formação tanto na escola como fora dela, assim como o perfil dos jovens estudantes e suas expectativas de futuro”, explicou.

O reitor da Unespar, professor Antonio Carlos Aleixo, prestigiou a abertura. Em sua fala, enfatizou que o não sucateamento do conhecimento passa pela realização de eventos como o colóquio. “Fico feliz pela Unespar poder promover esses momentos, pois nossa região ainda é carente em debates nessa área. De alguma maneira temos que alterar a sociedade e que seja sempre para o melhor”, discursou parabenizando a comissão organizadora.

O colóquio conta com apoio da Fundação Araucária e o incentivo proporcionado à Unespar também foi destacado pelo reitor. Aleixo enfatizou que a entidade tem financiado diversas atividades da universidade o que demonstra o comprometimento com a consolidação da Unespar.

Para o diretor da Unespar/Fecilcam, professor Eder Rogério Stela, eventos científicos possibilitam externar o conhecimento produzido na instituição. “É necessário que as produções sejam divulgadas. A universidade não pode ter o conhecimento preso, ela deve compartilhar isso através de eventos como o colóquio e outros que são realizados.”