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Projeto leva orientação profissional a alunos de escolas públicas da região Imprimir
17/02/2014
Partindo da ideia de que a orientação profissional ficou esquecida nos últimos anos no ambiente da escola básica, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), câmpus Campo Mourão, desenvolve um projeto que visa proporcionar o esclarecimento e auxílio aos alunos quando o assunto é a escolha da profissão. A partir de um trabalho colaborativo que envolve docentes, acadêmicos e recém-formados da instituição são atendidas 450 alunos de oito escolas localizadas em sete municípios da região de Campo Mourão – Araruna, Barbosa Ferraz, Campo Mourão, Farol, Juranda, Luiziana e Peabiru – que formam um raio médio de 200 quilômetros.

Intitulado “Unespar/Fecilcam em diálogo com a educação básica: jovens ao encontro de caminhos profissionais”, o projeto foi proposto pela Assessoria de Assuntos Comunitários, Ingresso e Permanência e está vinculado ao programa Universidade Sem Fronteiras (USF) da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) que contribui com a oferta de bolsas e a manutenção para que as ações cheguem até os colégios.

Segundo o coordenador do projeto, professor Marcos Bovo, existe uma lacuna entre o ensino público básico e a universidade. Desta forma, o projeto foi idealizado de modo a estabelecer uma parceria com a escola. “Nossa atuação é no sentido de mostrar aos alunos, principalmente, a formação cidadã que eles adquirem quando estão inseridos no Ensino Superior se transformando pessoal e profissionalmente”, detalha.
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Alunos visitaram a estrutura da universidade como parte do projeto 
 
Na primeira fase, entre julho e dezembro, foram realizados encontros semanais entre os bolsistas e visitas aos colégios, oportunidade em que realizaram oito reuniões iniciando com a equipe pedagógica e chegando até o foco principal que são os alunos do 3º ano do Ensino Médio. Nos encontros reforçaram a importância da parceria entre escola e universidade, desenvolveram discussões em grupos e orientações sobre a escolha profissional sempre em função da interação estabelecida e realizaram visitas para apresentação da universidade e seus espaços.

Agora, na segunda fase, a equipe desenvolve a tabulação das entrevistas, análise de dados e a pesquisa. Concluídas essas etapas, voltam aos colégios para mostrar o que foi diagnosticado antes e depois da aplicação do projeto. “Um de nossos objetivos é identificar como era a visão dos alunos quando iniciamos o trabalho e o que conseguimos alcançar”, comenta Bovo.

De acordo com a coordenadora, professora Fabiane Freire França, a temática em pauta é importante e necessária. “Os resultados já estão acontecendo e até o final sabemos que temos muito o que fazer. No entanto, é um trabalho que tem motivado toda a equipe e descobrimos, por exemplo, a dificuldade em encontrar uma bibliografia atualizada sobre o assunto”, pontua.

Avaliação – Das atividades desenvolvidas até o momento, os participantes já realizaram uma primeira avaliação em que apontaram, por exemplo, diferenças identificadas entre as escolas e os períodos em que trabalham, a aceitação por parte das escolas e direções, a demonstração de interesse dos parceiros para que o projeto continue, bem como o envolvimento da comunidade escolar. Também destacaram a contribuição acadêmica e profissional que o projeto tem possibilitado, uma vez que, todos os envolvidos são de cursos de licenciatura – Geografia e Pedagogia.
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Equipe do projeto durante avaliação da primeira etapa das ações 
 
Os bolsistas comentaram que as escolas não trabalham com a orientação profissional de forma sistematizada e organizada, quando ocorre é de forma informal. Isso, para o diretor auxiliar do Colégio Estadual Princesa Isabel de Araruna, Ademir Ferreira da Silva, faltava na escola porque é muito corrido o cotidiano na escola. “O trabalho da equipe foi muito bom, pois conseguimos envolver os alunos em questões de aptidão, vocação profissional e os bolsistas, empenhados, demonstraram novos horizontes e possibilidades com relação à profissão dos alunos”, comentou.

O aluno do Colégio Estadual Osvaldo Cruz de Campo Mourão, Lucas Willian Silva, disse que o projeto ajudou no processo de escolha. “Com certeza o projeto me ajudou, porque a gente fica em dúvida do que escolher. A gente não sabe bem como é que é, então com esse tipo de projeto a gente fica com uma visão o que vai enfrentar”, pontuou.

Em Farol, a aluna do Colégio Estadual Cultura Universal, Bianca Aguis, comentou que já havia escolhido cursar Administração e o projeto fez com que ela tivesse certeza de sua escolha. “Inclusive eu já passei no vestibular da Unespar e depois do que foi comentado reforçou a certeza que eu já tinha”, lembra ela que iniciou as aulas na universidade neste mês.

Por outro lado, quem já tinha uma opção conseguiu definir uma segunda possibilidade. É o caso da Lorena Aparecida Miskiw, aluna do Colégio Estadual Princesa Isabel. Ela que deseja fazer Engenharia Civil, identificou em Administração um segundo curso que gostaria de fazer. “O projeto me ajudou saber em qual campo eu posso atuar e com isso veio a segunda opção”, completa.

Expectativa – Os coordenadores salientam que até o final do projeto, além de proporcionar uma melhor orientação dos alunos são objetivos identificar como está o encaminhamento dos alunos para o Ensino Superior, estimular os alunos dos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) a ingressar e concluir um curso de graduação, averiguar os processos que permeiam a escolha profissional com destaque para os fatores de infererência e buscar maior aproximação da Unespar com a educação básica.
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Projeto é coordenado pelos professores Fabiane França e Marcos Bovo 
 
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