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Pibid: projetos alertam sobre problemas com resíduos sólidos Imprimir
28/10/2013
Colocar em prática a teoria discutida no ambiente acadêmico é o que a Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam) tem possibilitado por meio de suas ações. Acadêmicos e professores do curso de Geografia, participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), têm desenvolvido uma série de projetos. Um dos mais recentes discutiu a problemática dos resíduos sólidos urbanos com cerca de 400 alunos nos colégios estaduais Ivone Soares Castanharo, Marechal Rondon e Dom Bosco de Campo Mourão.

A iniciativa surgiu a partir do diagnóstico realizado nas escolas, quando verificaram a necessidade do desenvolvimento de um trabalho mais efetivo sobre a temática. Como explica a coordenadora do projeto, professora Sandra Malysz, é comum encontrar lixo espalhado pelo pátio e pelas salas e a ausência da coleta seletiva. “Neste sentido, é fundamental que a problemática seja discutida com as crianças e adolescentes nas escolas para que possam contribuir, principalmente, cuidando do seu próprio lixo, com responsabilidade ambiental”, argumenta.

A proposta resultou em 11 subprojetos sobre resíduos sólidos respeitando as especificidades das escolas envolvidas. Entre os assuntos abordaram a sociedade de consumo e o desperdício, a importância de reciclar e reutilizar produtos, o destino correto para os resíduos sólidos, a coleta seletiva, o lixo e a geração de trabalho e renda, a problemática do lixo eletrônico, a relação do lixo com a dengue, a poluição dos recursos hídricos, os cuidados em geral com o próprio lixo, principalmente no ambiente escolar e nas residências.
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Aulas de campo aconteceram em aterros sanitários, cooperativas e entorno de rios 
 
Basicamente, os acadêmicos trataram os assuntos nas aulas de Geografia com conteúdo expositivo, recursos tecnológicos, utilização da linguagem cartográfica, textos e aulas de campo em que os alunos puderam ver, na prática, os efeitos negativos e o que pode ser feito para minimizar os impactos e a problemática. Nas aulas de campo foram visitados aterros sanitários, cooperativa de reciclagem e entorno de rios.

O objetivo do projeto foi propiciar aos alunos o conhecimento sobre os problemas causados pelo consumismo exagerado e pela disposição inadequada dos resíduos sólidos no ambiente urbano a fim de uma mudança de atitude no trato com o próprio lixo.

Impressões – Para a acadêmica, Dilaine Alves Almeida, a participação no Pibid e a realização do projeto permitem aproximação com a escola que será o futuro ambiente de trabalho. “Ir para a sala faz com que compreendamos a metodologia abordada, é uma forma de interação com os alunos e aprendemos na prática a postura e as necessidades dos professores”, argumenta.

Segundo um dos professores supervisores do Pibid, Eleano Alves, a participação dos acadêmicos na rotina do trabalho é importante. “Nós, professores, temos dificuldade de organizar atividades de campo. Os acadêmicos conseguiram executar as visitas e ampliar a possibilidade de aprendizagem dos nossos alunos. Isso resulta na motivação na escola e fica mais concreto para o aluno sobre o que se propõe discutir”, pontua.
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Aulas expositivas abordaram problemáticas dos resíduos sólidos
 
Situação em Campo Mourão – De acordo com levantamento realizado pelo projeto, em Campo Mourão, mesmo com a coleta seletiva, somente 5% do lixo que poderia ser reciclado de fato é destinado à reciclagem. O restante é enviado para o aterro sanitário diminuindo a vida útil do mesmo, ou jogado a céu aberto atraindo vetores que transmitem doenças.

“O avanço do processo de industrialização e o intenso aumento da acessibilidade dos bens de consumo pela população geraram um aumento da quantidade de lixo produzido pela sociedade. O consumo inconsequente de produtos industrializados e o destino incorreto do lixo têm agravado cada vez mais os problemas socioambientais, desde a escassez dos recursos naturais até a proliferação de doenças. Muitos dos problemas ocorrem por hábitos incorretos da população”, enfatiza Sandra Malysz.

Participação – Os projetos de Geografia são coordenados pelos professores Sandra Malysz, Marcos Bovo, Gisele Onofre e Claudia Chies. A supervisão é dos professores Delma Bunhak e Eleano Alves (Dom Bosco), Ana Paula Pirolo e Rosimeire Cristina Letenski (Rondon), Mario Bertoldo (Ivone).

No total, os 11 subprojetos contaram com a participação dos 24 acadêmicos bolsistas: Alejandro Samúdio, Ana Paula Azevedo, Beatriz Aparecida Rodrigues, Daiane de Carvalho Mailkut, Daiane Medeiros, Dean Gomes de Oliveira, Dialen Bezerra Bianchini, Dilaine Alves Almeida, Diovane Araujo, Greyce Naiara Costa, Helvis Edson Alves, Ingrith Valiati Raifur, Jéssica Soares, Jessyca Beatriz Rodrigues Lopes, Josiane Araújo da Silva, Josiane Pereira, Luciana Tomazzoni da Silva, Maila Miriam Ferreira, Marco Aurélio Smak Affonso, Rafael Moraes Marcolino, Rosineide Paula da Silva, Solange Aparecida Loch, Solangela Constantino e Tatiana Ferri Ribeiro.
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