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Projeto garante água potável para famílias rurais de Iretama Imprimir
20/09/2013
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Com apenas dois meses de atividades o projeto de extensão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam) que visa a implantação de técnicas de saneamento e gerenciamento ambiental em propriedades rurais já atendeu 14 famílias de Iretama (município a 65 km de Campo Mourão). Desenvolvido por acadêmicos, professores e egressos, o objetivo é melhorar a saúde e qualidade de vida de agricultores familiares por meio do acesso a água potável. Para isso, foram recuperadas 17 nascentes que são utilizadas para o abastecimento e consumo na região.

Neste início de atividades o projeto atendeu o Assentamento Muquilão que está a aproximadamente 30 km da área urbana de Iretama. De acordo com o coordenador, professor Jefferson Crispim, a escolha justifica-se por tratar de uma comunidade que sofre com a falta de acompanhamento técnico e escassez de recursos, inclusive, falta de água devido a localização geográfica.

Antes de aplicar a técnica, são realizadas reuniões com os agricultores das comunidades, explicando sobre a importância do projeto, como se dá a aplicação e quais são as etapas previstas. Nesse contato com agricultores os acadêmicos também têm a responsabilidade de trabalhar a Educação Ambiental. “A importância da água de boa qualidade para consumo, a preservação da vegetação ripária e o plantio de vegetação nativa quando esta faltar próximo as nascentes são assuntos abordados nos encontros”, detalha Crispim.

Além das técnicas de saneamento, um dos objetivos do projeto é auxiliar as famílias no gerenciamento ambiental e implantação de técnicas de administração rural em seus estabelecimentos agrícolas. “Queremos proporcionar um maior aproveitamento dos recursos disponíveis e otimizar a qualidade de vida dos atendidos”, acrescenta o coordenador.

Ao final a proposta é ter implantada a técnica em 25 estabelecimentos agrícolas de agricultores familiares localizados em Iretama. O município possui uma população urbana de 6.187 e rural de 4.435 e um IDH médio de 0,699 necessitando da aplicabilidade de ótimos projetos para melhoria da qualidade de vida da população rural.

Vinculado ao programa Universidade Sem Fronteiras da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) o projeto conta com a participação de professores dos departamentos de Geografia e Administração, acadêmicos dos cursos de Geografia e Agronomia e recém-graduados em Geografia e Administração.
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Equipe responsável pelo projeto acompanhada pelos agricultores atendidos 

Procedimentos – A aplicação da técnica consiste em limpar o entorno das nascentes manualmente, colocando pedras rachão, instalando tubulações e vedando com uma mistura feita com solo peneirado, cimento e água. Em seguida, é feito o acompanhamento da vegetação ciliar nativa, e quando degradada, é realizado o plantio com espécies nativas num raio de 50 metros em torno da nascente, isolando-a para evitar a contaminação por produtos orgânicos ou animais.

Antes do processo de recuperação das nascentes é coletada uma amostra de água para análise laboratorial que irá determinar a qualidade da água consumida pelos agricultores. O resultado obtido será confrontado com análises que serão realizadas após o trabalho de recuperação. “É muito importante que se verifique a qualidade da água do ponto de vista microbiológico, bem como se mantenha um regular monitoramento evitando assim as desagradáveis doenças de transmissão hídrica”, afirma o coordenador do projeto.
 
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