O Encontro Interdisciplinar da Educação (Enieduc) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam) tem se firmado como um espaço para debate dos cursos de licenciatura. Na conferência de abertura, realizada ontem, foram abordados os parâmetros e perspectivas da avaliação para a formação de professores.

A temática foi tratada pela professora, doutora Isilda Campaner Palangana, quando enfatizou que a avaliação deve ser considerada o meio, não o fim. “A avaliação não é um instrumento para punir o aluno. É um retrato dos processos de ensino, de como o professor está desempenhando sua função, e em que medida o aluno está apreendendo os conteúdos que estão sendo ensinados”, detalhou.

 

Conferencista: Isilda Campaner Palangana 

 

Além de apresentar os propósitos que justificam a avaliação, a conferencista argumentou que os processos avaliativos auxiliam na compreensão do nível de aprendizado do aluno, bem como o ensino que está ocorrendo. “A partir dos resultados, a avaliação permite captar as necessidades de mudança no ensino, na aprendizagem e no desenvolvimento, orientando a continuidade dos trabalhos”, pontuou.

Para discutir as perspectivas da avaliação, Isilda afirmou que é preciso ir além dos muros escolares. Durante a explanação, afirmou que é expressiva a valorização de processos avaliativos em âmbito nacional e os resultados obtidos mostram que a educação brasileira tem um quadro a ser revertido. “Precisamos enfrentar e modificar essa realidade. Não que estejamos fazendo tudo errado, mas os números estão postos e não podem ser ignorados. Então, precisamos contar com as novas gerações para pensarmos nas perspectivas de mudança”, disse chamando atenção para os acadêmicos presentes.

Após a conferência, foi aberto um debate, mediado pela professora Dalva Helena de Medeiros, quando os participantes puderam esclarecer e aprofundar as questões pontuadas pela palestrante.

Cerca de 800 pessoas estão participando das discussões do V Enieduc