Atenção: este site/dominio não será mais atualizado, para acessar o conteúdo do site da Unespar - Campus Campo Mourão, acesse: campomourao.unespar.edu.br

Skip to content
Você está aqui:
Audiência pública discute localização da reitoria da Unespar Imprimir
13/05/2013

Uma audiência pública reuniu parlamentares, secretários de Estado e representantes da comunidade acadêmica no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira, 13, para discutir o projeto de lei nº 144/2013, do Poder Executivo, que integra em uma só autarquia – a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) – instituições de ensino superior de diversas localidades do estado. O evento foi proposto pelo deputado Péricles de Mello (PT), que discorda da escolha de Paranavaí, município da região Noroeste, como sede da reitoria da universidade estadual.

O assunto é polêmico e divide os deputados. Se alguns defendem a indicação do Conselho Universitário da instituição, que deseja situar seu centro burocrático em Curitiba, pela praticidade que isso representaria, outros concordam com a intenção do governador Beto Richa (PSDB), de manter a reitoria no interior com o objetivo de contribuir de forma direta com o desenvolvimento da região escolhida. O principal argumento do primeiro grupo é que o projeto fere o princípio da autonomia universitária, conforme previsto na Constituição Federal.

Sede da reitoria – Dentre os deputados presentes ao evento, três defenderam enfaticamente a localização da reitoria em Curitiba: Reinhold Stephanes Júnior (PMDB), Gilberto Ribeiro (PSB) e o próprio Péricles. Teruo Kato (PMDB), que é ex-prefeito de Paranavaí, e Douglas Fabrício (PPS), querem a sede no interior. Alceu Maron Filho (PSDB), Adelino Ribeiro (PSL) e Edson Praczyk (PRB) frisaram a importância do diálogo para permitir que a Assembleia se posicione com clareza e segurança a respeito do assunto.

Para Teruo Kato, a região Noroeste carece de ações estratégicas de governo para que possa se desenvolver: “O Paraná só poderá se transformar num grande estado quando suas ações forem descentralizadas, até como saída para manter a população nos seus municípios de origem, garantindo uma melhor qualidade de vida para todos”. Douglas Fabrício denunciou que a região da Comcam (Campo Mourão) perdeu mais de quinze mil habitantes nos últimos 10 anos: “É claro que sediar a reitoria da Unespar não vai resolver o problema, mas serve como bandeira e estímulo para a população local e pode ajudar a estancar esse processo de esvaziamento regional”, ponderou.

unespar-audiencia1.jpg
Audiência ocorreu no plenarinho da Assembleia Legislativa

O secretário de Governo, Cesar Silvestri (PPS), qualificou o ensino superior como indutor do desenvolvimento, considerou a perda de população observada em várias partes do estado, a concentração verificada em Curitiba e região metropolitana com todos os problemas daí decorrentes e a perda de receita por parte do estado e dos municípios para elencar as vantagens, inclusive econômicas, da manutenção da sede em algum ponto do interior.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, foi na mesma linha, rejeitando a tese de que os campi perdem autonomia se a localização da reitoria não obedecer à determinação do Conselho Universitário. Recordou que sua primeira sede ficava em Jacarezinho, antes do desmembramento da Universidade Estadual do Norte Pioneiro, e que Paranaguá foi o primeiro município a se oferecer para abrigar a nova reitoria: “Vários municípios manifestaram interesse, mas Paranavaí foi além, se mobilizou para tanto”. De qualquer forma, segundo ele, a Unespar dispõe de espaço dentro da Secretaria de Ciência e Tecnologia para os trâmites burocráticos que julgar necessários.

O reitor da Unicentro e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Aldo Bona, leu o conteúdo de ofício encaminhado ao governador Beto Richa em defesa da sede em Curitiba para centralizar e permitir operacionalidade na gestão das várias instituições de ensino envolvidas.

O reitor da Unespar, Antonio Carlos Aleixo, deu prioridade à regulamentação da universidade criada ainda na gestão do ex-governador Jaime Lerner, destacando que, juntas, as sete instituições – a mais nova das quais foi criada há 40 anos - englobam mais de 150 municípios, atendendo um universo de treze mil estudantes oriundos das escolas públicas, 90% deles membros de famílias com renda não superior a quatro salários mínimos. Lembrou que entre 2003 e 2010 a Unespar só existiu como figura orçamentária. Hoje, segundo ele, não existe disputa entre os campi: “Estamos cientes de que só seremos universidade se todos os campi estiverem juntos”.

Citando os 67 cursos de graduação e pós-graduação que são hoje oferecidos nas áreas de meio ambiente, ciências sociais aplicadas, artes, formação de professores, entre outras, fez um apelo ao diálogo para garantir a organização da universidade que é um desejo de todos e um importante instrumento para o desenvolvimento do Paraná.

Presenças – Também participaram do encontro, além de um grande número de professores e estudantes, o deputado Fernando Scanavacca (PDT); a diretora da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Maria José Justino; a diretora da Faculdade de Artes do Paraná, Stella Maris da Silva; o diretor da Faculdade de Campo Mourão, Eder Stella; o diretor da Faculdade de União da Vitória, Wanderlei Sanches; o vice-diretor da Faculdade Estadual de Paranaguá, Sidnei Kempa; o presidente do Sindicato dos Docentes Universitários de Paranaguá, João Guilherme Correia; e o presidente do Conselho Estadual de Educação, Oscar Alves.

unespar-audiencia2.jpg
Representante dos campi, deputados e representantes do governo participaram
unespar-audiencia3.jpg
Texto e fotos assessoria de imprensa Alep
Fotos: Sandro Nascimento/Alep
 
< Anterior   Próximo >

Links