Graduado na segunda turma de Engenharia de Produção Agroindustrial, Alexandre Pepinelli, relatou a trajetória profissional e apresentou algumas dicas para os acadêmicos do curso da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam). A apresentação foi motivada pela disciplina de Introdução à Engenharia de Produção e aconteceu na quinta-feira, 11.

O mourãoense, formado em 2003, mudou-se em outubro do ano passado para Inglaterra onde atua como gerente de projetos em uma multinacional do ramo de carne. No entanto, destacou que foi uma longa caminhada até chegar onde está. Antes de se aventurar pelo mercado internacional, o engenheiro recorda que foi preciso enfrentar, após o estágio, um intenso processo de seleção com diversos concorrentes para participar do programa de trainee da empresa. Somente depois dessas etapas conseguiu efetivação.

As experiências vivenciadas na primeira empresa abriram as portas para o atual trabalho, avalia Pepinelli. Por dois anos e meio, antes do convite para atuar na Inglaterra, respondeu pela gerência de produtos da multinacional aqui no Brasil. O engenheiro salienta que a sua carreira começou a ser construída por meio do estágio obrigatório. Ele comenta que direcionou o estágio para a área de maior interesse e a partir dela foi se aperfeiçoando. “O estágio é uma oportunidade real para o mercado de trabalho. Não utilize o estágio somente para cumprir as exigências da formação”, recomenda.

Ao longo dos anos, Pepinelli construiu uma lista que já contém mais de 400 desenvolvimentos. Como argumenta, alguns aprovados no primeiro contato com o cliente e outros que levaram até 18 meses para serem concluídos. Algumas embalagens das criações foram mostradas para os acadêmicos durante a visita.

Segundo a professora organizadora do encontro, Thays Perassolo Boiko, o plano de ensino da disciplina tem previsto este tipo de atividade. “Seria uma palestra somente para o primeiro ano, como percebi que seria de interesse dos demais alunos o convite foi aberto para todos. Nessas ocasiões os acadêmicos podem levantar questionamentos e obter informações novas do profissional”, completa.

Dificuldades – O ex-aluno da instituição enfatiza que é notória a diferença da sua época de estudante para o que é disponível hoje. “Faltavam professores, a faculdade abria concurso e não tinha professor. É bom ver o curso estruturado, formando bons profissionais e com professores que são da área. Não foi fácil, porém tenho muito orgulho de ter me formado aqui”, afirma.

Dicas – Aos acadêmicos, Pepinelli compartilhou algumas dicas para os interessados em integrarem o mundo corporativo. O primeiro item que mereceu destaque foi o domínio da língua inglesa, pois independente do tamanho da empresa essa tem sido uma exigência constante.

Para o engenheiro, os programas de trainee possuem as boas oportunidades. Além disso, comentou sobre a importância de conhecer a empresa antes da entrevista ou de procurar um emprego, bem como a necessidade dos profissionais saberem controlar o emocional e o psicológico.