A realidade dos municípios de Araruna e Goioerê quanto ao funcionamento do transporte escolar foi analisada por acadêmicos e professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam). O estudo foi apresentado em Curitiba, nos dias 5 e 6, para alunos de universidades estaduais participantes da primeira edição do Plano Anual de Fiscalização Social (PAF Social).
O projeto faz parte de um programa inédito de auditoria social desenvolvido por meio do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR). De acordo com o coordenador do projeto na instituição, professor Sérgio Luiz Maybuk, o objetivo foi avaliar a qualidade dos serviços oferecidos à população, propondo medidas corretivas ao poder público.
Os maiores problemas diagnosticados, até então, são sucateamento dos ônibus, falta de equipamentos essenciais (como cinto de segurança) e uso dos veículos para outras finalidades, como viagens e transporte de pessoas que não são estudantes.
São responsáveis pelo trabalho, 20 acadêmicos bolsistas da Unespar/Fecilcam com a coordenação do professor Maybuk e supervisão dos professores Analéia Domingues e João Marcos Borges Avelar. Nas entrevistas realizadas nos municípios, foram levantadas questões como a existência de caronas, os sistemas de gerenciamento de rotas e a identificação de ônibus, professores e alunos, entre outros aspectos.
O relatório final dos trabalhos será concluído ainda neste mês, após isso serão referendados pelo plenário do TCE e posteriormente discutidos em audiências públicas nos pólos regionais do Paraná. Previamente, o analista de controle Djalma Riesemberg Júnior, gerente do programa Gestão Pública, observa que os temas dos projetos apresentam problemas que se repetem em todas as regiões do Estado.
Dados obtidos com entrevistas e pesquisas nos municípios foram apresentados pelos acadêmicos Marlon e Nayara
Projetos – No total, o Plano Anual de Fiscalização Social (PAF Social), analisou a realidade de 130 municípios, de todas as regiões do Estado. Foram realizadas auditorias nas áreas de gestão do lixo (em Cornélio Procópio e Pinhalão), compra e distribuição de medicamentos (Ponta Grossa, Paranavaí e Marechal Cândido Rondon) e transporte escolar (Bandeirantes, Barra do Jacaré, Goioerê e Araruna). Informações de outros 121 municípios foram utilizadas na construção de indicadores de gestão nas áreas de saúde e educação.
Para o presidente do Tribunal, Fernando Augusto Mello Guimarães, o PAF Social “é o primeiro passo para desenvolver, na sociedade paranaense, o princípio de que cada cidadão precisa ser responsável pelo controle da correta aplicação do imposto que paga”.
Universidades – Participam do projeto as universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), de Ponta Grossa (UEPG), e do Norte do Paraná (UENP). Também atuam na auditoria social alunos e professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) nos campi de Apucarana (Fecea) e Paranavaí (Fafipa).
(Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social TCE/PR)
Nos dois dias de atividades, os acadêmicos participaram de palestras e debates sobre auditoria social
Resultado dos projetos será referendado pelo plenário do TCE
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